terça-feira, 10 de março de 2009

Mesa redonda...

Esse ano começou um pouco diferente.
No início de fevereiro, bem na semana de organização escolar, saí da sala de aula e fui para a sala de coordenação. Pois é...tomei coragem, engoli um sopro de ar e fui...
Não, eu fui e fiquei, porque é muito bom poder exercer o cargo de coordenadora tendo sido professora por toda minha vida profissional.
Ainda mais se, na escola que você está, a grande maioria das professoras tem o comprometimento e o pensamento parecido com o seu. Aí fica fácil - é um topa tudo!
Amanhã, faço aniversário: um mês como Coordenadora Pedagógica.
Sobrevivi aos primeiros trinta dias: sobrevivi ao período de organização escolar, aos mil horários em que os portões da escola abrem e fecham com as turmas mistas de integral e parcial da escola, às elaborações de plano de metas, de planejamentos, de diretrizes e escrita efetiva dos PEAs, à seleção de bibliografias para estudo, às cobranças internas, às cobranças externas, à primeira reunião de pais, a tantas coisas do dia a dia que nem sei contar.
E agora, enquanto escrevo essas minhas memórias curtas de um mês, um meio sorriso danado vai surgindo no meu rosto, me lembrando que agora, escrevendo, parece que tudo já passou a tanto tempo, que nem era tanta coisa assim... Pois é, somos assim, movidos pelo desafio e pela satisfação das conquistas. É claro que nem tudo foram louros. Nossa, é claro que não! Entreguei o documento do PEA nos últimos minutos do segundo tempo. Sofremos com crianças chorando nos primeiros dias, com confusões de portão de entrada e saída...mas, superamos: eu, a equipe técnica, a equipe docente!
Teremos outros desafios nos próximos 9 meses que vem pela frente, mas estaremos lá, resolvendo, chorando, sorrindo, se envaidecendo quando algo dá certinho, se cobrando quando algo saí fora do plano, se surpreendo com as novidades de cada dia.
Porque o máximo da escola é isso: não tem nenhum dia que seja igual ao anterior. Com rotina, com linha de tempo, com planejamento, com tudo, são 35 crianças em cada sala que chegam diferentes a cada dia, são 26 professoras que chegam com novas idéias, com novas histórias, com novos problemas, com novas soluções, são milhares de livros para se ler, milhares de filmes para se assistir, milhões de assuntos para se discutir.
Nesse sentido, se eu tinha algum medo (e eu tinha muito medo) de que a coordenação é diferente da sala de aula, ele foi por terra nos primeiros dias. Não parei. Tinha tanta coisa para fazer que me senti no dinamismo de sala de aula.
E hoje, estudando com as professoras no nosso horário coletivo, me senti muito bem também. Me senti participando da aprendizagem (ensinando e aprendendo ao mesmo tempo) do mesmo jeito que sempre fiz com os alunos. Trocando, ouvindo, falando, me emocionando!
Cada professora de nossa escola tem o seu diário de bordo, onde escreve semanalmente suas experiências em sala de aula. O formato é livre. Também tenho o meu, que posto aqui, com muita felicidade.

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